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sábado, 29 de maio de 2010

Poema 002- O tempo e o Afeto

O tempo pode ser ambíguo. Pode ser remédio ou arapuca. Pode ser totalmente subjetivo, difícil de calcular, impossível de ser previsto. Pode ser necessário, em vão, ideal ou insuficiente. E pode dominar sentimentos...
Já o afeto indifere-se do tempo, é imediato ou progressivo, depende de tudo, menos do tempo. Este sentimento, está além do que se mede ou se vê.
Não sei do seu tempo, mas sei do meu afeto,
Não tenho pressa de você, hoje, amanhã, depois...
Mas tenho carinho, desde a primeira vez que te ví, tive ontem, tenho agora...
O afeto se perde na concepção de tempo, e o tempo vira loucura toda vez que te vejo, ouço e até quando penso em você.
Embora eu não tenha pressa, tenho certeza de que te quero, e o tempo nesta compreensão é mero expectador.
Então que venha o tempo, e que o tempo gire os ponteiros,
Mas que o tempo não ouse querer me impedir de lhe dar o meu afeto.

Poema 001-Eu ao contrário...

Pois é!

Sou superficial...
Sou frívolo...
Sou muito mais culpado de ser do jeito que sou do que vítima...
Sou anti em praticamente tudo...
Sou retrógrado, vil, desditoso...
Sou triste...
Se sou volúvel, volátil? Depende da demanda.
Sou limitado tecnicamente e fisicamente.
Sou um completo imbecil, ou será que sou um imbecil completo?
Sou alienado, desengonçado, inóspito, náufrago e, a partir de hoje, mortífero.

Agora o antagonismo do ter para ser:
Tenho um caráter duvidoso...
Tenho mágoas...
Tenho isso, aquilo e aqueloutro.
Tenho dó, ré, mi...
Tenho considerável parcela de azedume...
Tenho ciúmes e, por mais incrível que pareça, carência em excesso...
Tenho, Shakespeare, fragmentos de paixão...
Tenho graves deformidades relacionadas à ética e à moral.

"tenho qualidades também".

pois é.
quem me viu, quem me vê.

sou mesmo isto tudo.



==> By Dows ;¬)